Na esperança de coisa nenhuma
Na esperança de ser alguém
vi-te partir sem despedir
vi-te sem me seres ninguém.
E na esperança que voltasses,
fiquei à espera no fundo da rua,
sozinha, perdida em mim,
agarrada à dor e à amargura.
Como te quis, anjo negro!
Como quis, que viesses
encher-me a vida de ti,
por mais ausente que estivesses!
Andreia Fausto
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