sim, eu, euzinha mesma, tenho uma afta. Daquelas que doem mesmo, que fazem questão de me lembrar que existem, daquelas que não se dão por contentes por existirem. A minha afta gosta de se fazer notar, não lhe chega viver. Eu cá acho que ela faz muito bem, porque é óptimo quando nos fazemos notar de uma forma discreta. Mas, quanto à minha afta, eu acho que por mais que ela insista em mostrar todos os seus atributos, eu nunca vou poder ter uma relação de amizade com ela. Ainda que seja uma ferida limpa, é algo que me incomoda. E podemos ter amigos sujos*, mas desagradáveis é que não!
Vá, portanto, querida afta, está na altura de ires pregar para outra freguesia, porque ou sais a bem, ou vamos já buscar bicarbonato de sódio.
* todos nós sabemos como acabam os festivais, certo?
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