(Às pessoas que lêem os meus constantes pequenos devaneios pessoais inseridos neste blog, as minhas desculpas, mas aqui vai mais um. Tem que ser.)
"Sentada à porta, com a cabeça encostada, meia adormecida pelo cansaço típico de sexta-feira, observo as essoas que entram e saem do edifício, enquanto espero. Embriagada pela leve brisa de final de tarde, vou intercalando o fechar de olhos com a análise de quem por mim passa. Encontra-se de tudo: pessoas a moverem-se de forma apressada, andando num passo acelerado ou, pessoas a caminharem de forma descontraída, como quem passeia à beira-mar. Grupos de jovens chegam da praia, enrolando a toalha à volta do braço, ainda com areia pressa nos dedos dos pés, cheiro a sal e a mar; pessoas encostadas aos pilares robustos da estrada à espera, olhando em volta numa expectativa constante; pessoas lendo revistas, mascando descontraidamente uma pastilha enquanto matam os tiques intuitivos no cabelo; casais (muitos casais) de namorados, próprios da época quente de Verão em que vivemos, trocando olhares apaixonados; mulheres com “aqueles” sorriso no rosto, o típico sorriso de quem veio das compras; calções muitos calções curtos a deambular na rua ou não estivemos nós ainda no calor do Verão; pessoas idosas apoiadas no seu andar cambaleante; três árvores altas e grossas dão sombra com as folhas que ainda se mantêm, até ao próximo Outono.
Encontra-se de tudo, numa tarde de Verão, em Lisboa, enquanto se espera."
Não podia estar mais de acordo com esta última frase. Há blogues que nos dizem muito e este mesmo recente já me diz e tanto...
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