Silenciosos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Devaneios da Croquete




(Às pessoas que lêem os meus constantes pequenos devaneios pessoais inseridos neste blog, as minhas desculpas, mas aqui vai mais um. Tem que ser.)
"Sentada à porta, com a cabeça encostada, meia adormecida pelo cansaço típico de sexta-feira, observo as essoas que entram e saem do edifício, enquanto espero. Embriagada pela leve brisa de final de tarde, vou intercalando o fechar de olhos com a análise de quem por mim passa. Encontra-se de tudo: pessoas a moverem-se de forma apressada, andando num passo acelerado ou, pessoas a caminharem de forma descontraída, como quem passeia à beira-mar. Grupos de jovens chegam da praia, enrolando a toalha à volta do braço, ainda com areia pressa nos dedos dos pés, cheiro a sal e a mar; pessoas encostadas aos pilares robustos da estrada à espera, olhando em volta numa expectativa constante; pessoas lendo revistas, mascando descontraidamente uma pastilha enquanto matam os tiques intuitivos no cabelo; casais (muitos casais) de namorados, próprios da época quente de Verão em que vivemos, trocando olhares apaixonados; mulheres com “aqueles” sorriso no rosto, o típico sorriso de quem veio das compras; calções muitos calções curtos a deambular na rua ou não estivemos nós ainda no calor do Verão; pessoas idosas apoiadas no seu andar cambaleante; três árvores altas e grossas dão sombra com as folhas que ainda se mantêm, até ao próximo Outono.
Encontra-se de tudo, numa tarde de Verão, em Lisboa, enquanto se espera."

Não podia estar mais de acordo com esta última frase. Há blogues que nos dizem muito e este mesmo recente já me diz e tanto...

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