Dos amigos

Acho que já aqui escrevi que não sou pessoa de ter muitos amigos. Quando digo amigos,  falo daquelas pessoas que são verdadeiramente importantes na  minha vida. Aqueles amigos que estando mesmo longe, que não falando todos os dias, são sempre um dos nosso pensamentos diários e aqueles com os quais realmente me preocupo. Terei, portanto, não mais do que 5/6 amigos. Amigos do tempo do colégio, amigos que andaram comigo no liceu e que,mesmo em faculdades diferentes, mantivemos a amizade. Com a distância, só os importantes permaneceram e é curioso que com alguns até se fortaleceu.
Foi assim com a M., a companheira de matraquilhos, a dupla das questões aula de matemática, a pessoa que esteve lá quando tive a minha primeira desilusão amorosa. Com a M. se não há dia que não fale na net, vai havendo troca de emails onde confessamos mais do que do o mundo alguma vez permitiria. Esses amigos, alguns à procura do primeiro emprego ou acabando o curso, e outros concorrendo a mestrados e em relações sólidas são um fomento na minha vida. E sem eles, não seria metade do que sou hoje, porque me fazem ficar com lágrimas nos olhos com os emails que me mandam. Hoje foi o caso. 
E eu sei que conheço boas pessoas por cá, sei que me querem bem e algumas delas estão num nível de passarem a ser "amigas", algumas delas verdadeiramente importantes para mim por quem tenho grande carinho,  e a até com quem partilho segredos e confidências, ainda assim... sou parte dos amigos de lá, de quem ainda não quebrou a minha confiança e de quem me dá tudo mesmo não estando tão perto.