Bom, se me perguntas a razão pela qual te escrevo não consigo responder-te!
Talvez a ausência, a saudade, a vontade de te ter até o mundo acabar. Talvez seja a vontade de me ter a mim! Sei lá! Mas não tenho de justificar-me. Escrever justifica-se pelo simples facto de apetecer alguém limpar a alma… É uma espécie de arrumar o sótão do coração. Coisas de gente! Talvez seja uma coisa do amor isto de escrever de uma maneira tão impetuosa! Sei lá! Sinto-me bem assim, e por mais que tente mudar acho que as palavras são uma posse que não consigo largar pela janela com a facilidade que solto um olhar… Hum… Como gosto dessa sensação! Sentir-me dona das palavras, vê-las percorrer-me o corpo lentamente enquanto, no final de escrever, as leio pausadamente com todo o respeito que merecem. Vou pedir-te para perderes uns minutos do teu tempo e para leres isto como sempre lês um artigo de jornal, algo (às vezes) sem o mínimo interesse, mas que nos deixa presos por instantes àquela página. Será o título? A imagem? No meu caso, quero que seja eu!
Quero que te prendas a mim através das palavras! Quero ter-te mesmo que sejam uns instantes!
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